Encontramos no calendário cristão, um período denominado Tempo Comum, período este que na Igreja Metodista está dividido em duas partes. A primeira parte vem após o período da Epifania que significa a manifestação do Divino ao mundo e sua espiritualidade enfatiza o anuncio do Reino de Deus, visando à esperança e a pregação da palavra. A segunda parte vem após o Pentecostes, sua espiritualidade é de comemoração pelo próprio ministério de Cristo de forma plena, e enfatiza a vivência do Reino de Deus onde todos nós, cristãos/ãs, somos sinais visíveis deste Reino, isto segundo o Anuário Litúrgico da Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, que opta pela adoção do Calendário utilizado mundialmente tanto pela Igreja Metodista quanto pela maioria das Igrejas Cristãs.Durante algumas semanas, estaremos vivenciando a segunda parte do Tempo Comum. Este é o momento para refletirmos: O que significa esse tempo litúrgico para nós? Posto que: “Tempo comum ressalta o significado de que Deus não é Senhor somente das coisas extraordinárias, mas também o é do cotidiano”, ou seja, das coisas simples da vida.
Com esse conhecimento, de que Deus está conosco nas coisas mais simples do nosso dia-a-dia, somos convidados, nesse Tempo Comum, a termos o nosso coração aquecido para celebrar as diferenças. Mas quais diferenças? Poderíamos elencar: as diferenças de pensamento, de classe social, de culturas, de etnia etc. Mas somos convidados a olhar as diferenças do irmão ou irmã que está sentado ao nosso lado, ou até mesmo para aqueles, que muitas vezes, identificamos como alguém diferente dos outros, inclusive de nós mesmos. Isso, dentro ou fora da igreja.
Se ao olharmos para essas pessoas, isto nos incomodar a ponto de percebemos que algo está impedindo que tenhamos um melhor relacionamento com elas, então que possamos parar e refletir um pouco neste momento. E que a partir disso, procuremos um novo caminho, outra forma de olhar, de maneira que possamos descobrir que é possível sim, conviver e respeitar aqueles/as que são deferentes de você e de mim, pois, eles também sinalizam o ministério de Cristo.
Sendo assim, acredito que seremos melhores cristãos e cristãs e, viveremos uma espiritualidade que comemora o próprio ministério de Cristo de forma plena, e enfatiza a vivência do Reino de Deus e ser sinal do mesmo é saber conviver com o diferente, bem como respeitá-lo e amá-lo em Cristo Jesus.
